Ex-funcionária revela bastidores do Facebook

Entrevista feita para revista Galileu, funcionária revela coisas sobre o inicio do Facebook. Confira logo abaixo.
Era um anúncio simples, postado em uma página para membros da região de São Francisco. “Você quer trabalhar no Facebook?” Katherine Losse clicou, mandou currículo e, após uma breve entrevista por telefone, foi contratada como a funcionária número 51. Entre 2005 e 2009 foi responsável pela expansão internacional do site e ghostwriter do dono, Mark Zuckerberg — era ela quem atualizava seu perfil e respondia a seus e-mails. Agora, resolveu contar tudo no recém-lançado The Boy Kings: A Journey Into the Heart of the Social Network.

Katherine contou um pouco da sua história e a visão que tem do site — sem desviar da responsabilidade jurídica.

GALILEU: Como era ser ghostwriter do chefe?
LOSSE: Eu tentava imitar o jeito do Mark pensar e falar. É um desafio interessante para um escritor, captar a voz de alguém, sua linha de raciocínio. Era muito divertido.

Ele é como em A Rede Social?
O filme mostra Mark como um indivíduo muito perseverante, focado em ampliar o seu negócio. É um retrato justo. Não sei se outros aspectos do filme são verdadeiros.

E o brasileiro Eduardo Saverin? Qual a parcela dele no sucesso do site?
Não conheci Eduardo. Logo, não sei a resposta.

Você menciona vários episódios de sexismo. Chegou a ser objeto de algum tipo de ofensa?
Tentei ficar longe de situações específicas, nas quais eu sentia que as funcionárias não eram tratadas iguais aos homens. Tomando essa precaução, conseguia trabalhar sem ser assediada.

Mas no Facebook, mudou alguma coisa?
No começo, o foco em amigos e seus interesses era o principal. Depois, passou a ser jogos, notícias, publicidade, coleta de dados.

Ninguém lá no Facebook pensa na queimação de filme que é ficar mudando regras e padrões de privacidade o tempo inteiro, sem avisar?
Tenho certeza que isso está na cabeça de algumas pessoas, e tenho certeza que alguns imaginam se não há um excesso. Mas o padrão usual é: fazer mudanças primeiro e depois, se houver reação negativa, voltar atrás.

O que fez você parar de acreditar no Facebook?
Ainda acho importante se conectar e me sentir conectada, mas comecei a pensar se essa conexão digital é tão satisfatória e informativa quanto outras maneiras de se relacionar. Preferi ter um equilíbrio entre a conexão digital e real.
Você e Mark Zuckerberg estiveram no Brasil em 2009. Lembra de alguma coisa especial dessa viagem?
Sim! Nós viemos pra São Paulo e fiquei tentando convencer Mark a ir para o Rio de Janeiro. Um dos jornalistas brasileiros com quem falamos também ficou dizendo para ir ao Rio! Ele disse pro Mark: “você não pode deixar de ir ao Rio, é uma cidade muito importante no Brasil”, que é o que eu disse também. Mas, infelizmente, a gente teve que voltar pros EUA para que Mark comparecesse a uma reunião de negócios.


Fonte : http://revistagalileu.globo.com

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